sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nosso Feriado de Sete de Setembro

V.J.M.J.
07/09/2010
   Chegamos ao rancho na sexta, dia três de setembro, para continuarmos os preparativos para a festa de casamento. A lista de afazeres neste feriado era grande e estávamos animados para realizá-la.
   De chagada, já comecei a fazer os ajustes na nova porta que tomaria o lugar da já cansada colega do corredor, enquanto a Dani preparava o almoço (já passara das três da tarde) e, com a chegada do prestativo Bacar e da hilária Bruna fizemos a troca das portas ainda neste primeiro dia.
   Com a chegada dos casais amigos Duda e Ana Paula e Rodriguinho e Carla jantamos e tomamos "algumas" cervejinhas. Lá pelas tantas, após muitas risadas, os quatro voltariam para São Roque, ritual que se repetiria nos próximos três dias.
   O sábado nos acorda com uma certa dorzinha de cabaça, mas logo após o tardio café da manhã, eu e o Bacar começamos a jornada, regada a boas gargalhadas nossas e as que vinham da cozinha, coroando o clima de amizade e alegria que o rancho nos traz.
   Trocamos fechaduras, fizemos a base da coluna da varanda (claro que deixamos uma entrada para as nossas antigas inquilinas jataí, que nos acompanham há anos nos nossos passeios ao rancho). Tivemos a preciosa ajuda do Rodriguinho virando a massa, do Bacar cuidando para que não ficassem bolhas no cimento e do Duda com seu indispensável apoio moral, tudo obviamente regado a muita cerveja e diversão. Impossível não comentar a maravilhosa atuação do Beto ao preparar as suas deliciosas caipirinhas e a inesperada e pontual cantoria da Évelim, nos levando a picos de gargalhada.
   No domingo, acordamos com a promessa de um belo churrasco, cumprida com grande excelência pelo Bacar e sua magnífica panceta, que o Zé Arruela adorou, quase que engolindo-a inteira num descuido nosso, que a abandonamos sozinha na churrasqueira.
Contamos no domingo com a presença do César, que mais a noite voltou para São Roque levando consigo nossa diva Évelim, e também do Abiner, Anna e a figurinha da Helena, que ficaram conosco até terça-feira, dia sete. Depois de algumas partidas de tranca, fomos dormir, pois a segunda prometia muitos trabalhos.
   Acordamos tarde, porém recuperados. Enquanto eu trocava a porta da oficina, o Abiner fazia uma limpeza nos matos e cipós que se espalhavam pelo telhado da oficina, banheiro, dispensa e lavanderia, e o Bacar supervisionava todo o serviço, auxiliando no que fosse preciso.
   No fim da tarde com a porta já instalada e ajudando o Abiner na limpeza do telhado, tivemos a grata surpresa de quem, em sua diária peregrinação ao rancho, o Duda e companhia nos traziam várias pizzas para o jantar. Prontamente acendemos o forno a lenha e deu-se uma bela pizzada, acompanhada por muita cerveja e a Évelim, que voltava junto com a Leila e o Carlos. Para que todos tivessem lugar para dormir, arrumei quatro beliches, que foram muito bem aproveitados até às sete horas da manhã, quando...
   ...Às sete horas da manhã, acordei com os pingos de chuva caindo diretamente sobre o forro do quarto, foram poucos minutos até que as goteiras surgissem e eu, o Abiner e a Dani levantássemos para uma divertida  corrida contra o tempo e as goteiras.
   Eu e o Abiner nos trocamos e subimos no telhado, de baixo de um baita toró, para colocarmos um plástico e uma lona, a qual descobrimos se tratar de uma antiga tela de projeção do cinema, tampando a cumeeira do telhado, que se encontrava aberta. Apesar da correria, não conseguimos evitar que as goteiras acordassem a Bruna, o Bacar e o Carlos, que com muito bom humor levantaram e começaram mais cedo o dia em que arrumamos o telhado da oficina e afins. Almoçamos, tomamos algumas cervejas e voltamos à noite para o nosso merecido descanso em São Roque.
   Voltaremos na sexta-feira dia dez para continuarmos as obras, cada vez mais entusiasmados com as visíveis melhorias que estamos fazendo. Todos estão convidados a ajudar.

   Arthur.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nossa História

Estamos juntos desde o carnaval de 2003 (acreditem! Tudo começou no carnaval!) e há algum tempo tivemos a ideia de transformarmos o “muquifo” do Arthur em nossa casa. Até então, seria apenas uma pequena reforma para adaptarmos três quartos em uma sala, cozinha, quarto e escritório. Como o Arthur é um excelente arquiteto, não foi difícil fazermos um projeto com a nossa cara em cima do espaço que ele tinha. No entanto, isso ficou no papel (ou melhor, no computador) por muito tempo, até termos recursos para iniciá-lo.

Com o começo da reforma em vista, percebemos que não poderíamos deixar esse momento especial passar em branco. Então, começaram a surgir várias ideias sobre um possível casamento, com direito a cerimônia religiosa e festa. A ideia de fazermos a cerimônia na Capela e a recepção no Rancho São José já era antiga, mas sempre foram apenas pensamentos. Até que, após uma noite de bebedeira, resolvemos traçar alguns objetivos.

No dia 04 de julho de 2010 fomos até a capela para amadurecermos a ideia: conversamos com a atual moradora do local que nos recebeu prontamente, deixando-nos a vontade. No entanto, encontramos o primeiro desafio, porém um dos mais importantes: os santos foram roubados, a capela está totalmente abandonada e precisa de vários reparos, como a troca do telhado e uma boa pintura. Além disso, o espaço físico (tanto interno como externo) é pequeno; porém não houve dúvidas de que queremos a cerimônia neste local, por conta do valor histórico e emocional que tem (tanto para nós como para a família Barioni Ribeiro Lopes). Mas esse é, talvez, o menor dos desafios.

Fomos até o Rancho para conversarmos e trocarmos ideias e percebemos que o local também precisa de muito mais reparos que a capela; teremos muito trabalho para deixarmos como esperamos. Sabemos que esse desafio será imenso, mas não significa que não valerá à pena e, além disso, muitas reformas e adaptações só deixarão esse lugar ainda mais bonito e gostoso para continuarmos usufruindo dele.


Após decidirmos alguns detalhes e, com o passar das festas de agosto, iniciamos a nossa longa jornada até o grande dia. No dia 20 de agosto, acompanhados do Roquinho e da Tia Neide, conversamos com o padre Sebastião que nos acolheu prontamente em sua casa e nos esclareceu algumas dúvidas e detalhes com relação à cerimônia religiosa. Aproveitamos a viagem para levarmos algumas portas pro rancho e trazermos os andaimes de volta para São Roque para iniciarmos a reforma da casa.

No dia 21 de agosto fomos nós dois e nosso companheiro inseparável Zé Arruela para o Rancho e medimos o espaço onde pretendemos fazer o estacionamento; com isso, tivemos uma ideia genial: sugerir a locação de vans para facilitar a chegada e partida de uma boa parte dos convidados e claro, também pela preocupação com o retorno deles para suas casas, uma vez que o caminho é longo e difícil para quem não conhece (ainda mais depois de uma festança regada a muita bebida e comida como queremos que seja a nossa). Abiner, Anna e Helena passaram por lá no final da tarde e acabaram dormindo com a gente, o que foi muito bom, pois jogamos uma partida de tranca e tomamos algumas cervejas, além do bom e velho macarrão com salsicha, típico do rancho.


No dia 28 de agosto voltamos os três (nós dois e o inseparável Zé Arruela) para o rancho. Levamos dessa vez um bujão de gás para facilitar nossas refeições nesse período de preparação e oito colchões infláveis adquiridos durante a semana por parte dos primos através do Arthur. Tínhamos programado de fazermos vários reparos, porém estávamos sem a caixa de ferramentas... Mas isso não nos impediu de fazermos outras coisas: reformamos o móvel da sala doado pelo Gu transformando-o em dois, iniciamos a arrumação do terreno lateral à churrasqueira e limpamos o ranchinho azul. Claro que encontramos documentos e papéis históricos, como sempre. Morcegos e aranhas a parte, terminamos parte do que havíamos proposto para o final de semana (e olha que dessa vez não tomamos nenhuma cerveja, e não foi porque não tivesse, pois levamos duas caixas!).









Hoje faltam 250 dias para o nosso casamento.